sexta-feira, 18 de março de 2011

Código Florestal

Novo código “ameaça” atividades

Por Andrielle Mendes - Repórter de economia


Alt
erações no Código Florestal Brasileiro ameaçam a produção de sal e de camarão no Rio Grande do Norte, dois dos principais carros chefes da economia do estado. O alerta foi feito pelo presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão (ABCC), Itamar Rocha, que viaja a Brasília na pr

óxima semana para discutir o impacto das alterações na economia potiguar, com o deputado Aldo Rebelo (PC do B/SP), relator do projeto. Itamar teme que, com a alteração, as áreas produtivas no estado diminuam e a dificuldade para obter ou renovar as licenças aumente. Ele quer regras mais flexíveis no que diz respeito ao uso da margem dos cursos d’água salgada no RN. Se sancionado, o projeto, diz, pode afetar a produção do RN, do Ceará e do Piauí.
Polêmico, o Código Florestal existe desde 1965. Foi alterado por uma medida provisória em 2001 – editada 67 vezes. Para Itamar Rocha, representante dos criadores de camarão, o artigo mais conflitante é o que impõe limites de preservação das margens dos cursos d’água. “Eles não analisaram a questão do Nordeste. Não houve preocupação”.
No RN, municípios como Canguaretama, Macau, Pendências, Mossoró, Areia Branca seriam atingidos. “Pessoas com papel de defender o interesse do povo deveriam ter visto isso. Porque não avaliaram estas questões? Depois de sancionado, não vai dar para voltar atrás”, afirma. Segundo Itamar, a restrição deveria se limitar a cursos de água doce e não salgada, onde localizam-se salinas e fazendas de camarão.
O projeto pode ser votado ainda em março. Além de articular o setor carcinicultor e salineiro, Itamar Rocha também está mobilizando a bancada federal potiguar. O presidente da ABCC levou o assunto para a bancada e conseguiu apoio do deputado Henrique Alves, líder do PMDB. “Falei que esta mudança vai inviabilizar a produção. Isso vai prejudicar duas atividades econômicas tradicionais no RN”.
Para Airton Torres, vice-presidente do Sindicato da Indústria do Sal (Siersal), ainda é cedo para falar sobre os possíveis prejuízos à produção salineira do estado. Para ter uma dimensão do problema, Airton solicitou um estudo à equipe técnica do sindicato. Embora não tenha data de conclusão, o relatório de possíveis impactos deve ficar pronto nos próximos dias. “De fato, a redação do código está bem diferente”, confessa.

Setores sofrem perdas no Rio Grande do Norte

Considerados estratégicos para o RN, os setores carcinicultor e salineiro não estão em sua melhor fase. A carcinicultura potiguar perdeu espaço nos últimos anos, segundo a ABCC. Em 2010, o Brasil produziu 80 mil toneladas de camarão. O RN, que já chegou a produzir 37 mil toneladas, produziu 20 mil toneladas. O setor faturou em média R$160 milhões, cifra que poderia ser maior, não fosse a falta de licenciamento e crédito.
“Os bancos têm muito dinheiro para investir no setor, mas não investem por falta de licenciamento ambiental”, diz Itamar Rocha. O RN explora apenas 6% de toda área explorável. Cerca de 60% dos produtores potiguares de camarão não estão licenciados. De 2005 a 2011, o Idema emitiu 298 licenças ambientais para o setor. Cerca de 276 processos ligados a carcinicultura estão em tramitação no Idema. A maioria, licenças pendentes.
Segundo o Idema, as licenças precisam ser renovadas, de acordo com o tamanho do empreendimento. O Brasil possui 1,3 mil produtores de Camarão - 560 estão no RN. A maioria é micro e pequeno produtor, não tem licença e não tem acesso a linhas de crédito.
O setor salineiro também vem se recuperando de um período ruim. Devido a alta incidência de chuvas e inundações nos últimos anos, os estoques de sal baixaram. “Em 2010, não conseguimos recuperar o estoque. Se o inverno de 2011 for rigoroso, como os técnicos do Siersal dizem que vai ser, vamos precisar nos esforçar muito para não perder mercado”, afirma Airton Torres, vice-presidente do Siersal.
O RN tem capacidade de produzir até 5,5 milhões de toneladas por ano de sal. Em 2010, produziu 5 milhões de toneladas, 97% da produção nacional. Cerca de 90% de tudo que é produzido vai para o mercado interno. O restante vai para os Estados Unidos, Canadá e países da Europa e África, especialmente Nigéria.

Fonte: Tribuna do Norte, 18 de Março de 2011


COMENTÁRIOS GUSTAVO SZILAGYI


Sinceramente eu fico impressionado com a falta de responsabilidade ambiental deste senhor presidente da ABCC. Ele não tem a menor preocupação com os impactos desta atividade à Biodiversidade Marinha, e conseqüentemente coma as comunidades pesqueiras tradicionais que dependem unica e exclusivamente dos manguezais.

Este senhor e seus pares só tem compromisso com seus interesses e no quanto eles podem ganhar em detrimento à preservação ambiental. Dizer que a carcinocultura é uma atividade baseada no desenvolvimento sustentável é um verdadeiro engôdo.

Natal Sem Fiscalização

Hoje completam exatos 15 (quinze) dias que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo - SEMURB, está sem carros para fiscalizar a cidade do Natal, tudo isso por falta de cumprimento do contrato de aluguel entre a Prefeitura Municipal do Natal e a Locadora dos veículos.
Enquanto isso, Natal fica sem fiscalização de Poluição Sonora, Despejo de Resíduos Sólidos em lugares indevidos, lançamento de água servida em via pública, Fiscalização preventiva das Zonas de Proteção Ambiental e combate a construções ilegais, como invasão de áreas públicas, por exemplo.
O Blog continua a soltar um verdadeiro GRITO VERDE no sentido de cobrar dos órgãos responsáveis a liberação dos recursos para o pagamento destes veículos.
Natal não pode ficar sem este serviço essencial.

Gustavo Szilagyi

quarta-feira, 16 de março de 2011

Natal sem Fiscalização

Quarta-feira. Hoje completou 13 dias de SEMURB sem carros para fazer a fiscalização da cidade do Natal.
Quinze dias chegando, e cronômetros regressivo contando.

terça-feira, 15 de março de 2011

Vigilância Sanitária

Acaba de sair no blog Panorâma Político de Anna Ruth Dantas, na Tribuna do Norte - Prefeitura não paga locação de carros e Vigilância Sanitária deixa de fiscalizar Natal. Depois da SEMURB, agora foi a vez da Vigilância Sanitária. Está faltando a Guarda Municipal e a SEMSUR, aí fecha todo o poder de polícia administrativa municipal.

Sei não viu...

Prefeitura não paga locação de carros e Vigilância Sanitária deixa de fiscalizar Natal.

A notícia chega do Twitter do promotor de Defesa do Consumidor José Augusto Peres. Segundo ele, a Vigilância Sanitária de Natal está sem fiscalizar.

As primeiras informações apontam que a paralisação no serviço ocorreu porque o Executivo atrasou o pagamento da locação dos veículos que prestam serviço ao órgão.


Fonte: http://blog.tribunadonorte.com.br/panoramapolitico

Natal Sem Fiscalização

Terça-feira, 15/03/2011, hoje fazem 12 dias que a SEMURB está sem veículos para realizar as atividades fins da secretaria, quais sejam: fiscalização, licenciamento e planejamento urbano.
O relógio continua contando as horas e os dias aqui no Blog Grito-Verde.


segunda-feira, 14 de março de 2011

Natal Sem Fiscalização

SEMURB DEIXA DE FISCALIZAR NATAL POR FALTA DE PAGAMENTO DAS VIATURAS QUE ATENDEM A FISCALIZAÇÃO.

Desde a sexta-feira, 04 de março do corrente ano que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo está com todos os veículos recolhidos pela locadora, justamente por falta de pagamento dos mesmos. Segundo informações internas da própria secretaria, já são 11 meses de atraso no pagamento.
Hoje fazem onze dias que Natal, em decorrência deste fato, encontra-se sem fiscalização urbanística e ambiental nas ruas da cidade.
Coincidentemente, na noite deste domingo, 13/03, saiu uma matéria no dominical da Rede Globo de Televisão "Fantástico" denunciando um empreendimento comercial situado na antiga rua do Salsa, que estaria promovendo sexo-turismo e prostituição de menores em nossa cidade.
Cabe informar que SEMURB fiscaliza periodicamente esta rua, já tendo interditado vários bares no local, como o Salsa (fechado desde 2008) e o próprio empreendimento denunciado pelo Fantástico.
Este empreendimento, autuado em setembro de 2010 por falta de licença ambiental, foi interditado parcialmente por Poluição Sonora. No entanto, em flagrante descumprimento dos atos emanados pela Fiscalização do município, este estabelecimento continuava a operar ilegalmente.
Nos últimos dois anos vemos denunciando a situação de desmonte da fiscalização da SEMURB neste blog. Teve inicio com o não pagamento de Adicional Noturno dos fiscais, e que culminou com a paralisação nas fiscalizações noturnas, contribuindo o combate a poluição sonora na cidade; depois as ingerências políticas promovidas pelo então secretário da SEMURB no período de 2009 a março de 2010, e que engessou a atividade de fiscalização no município, e mais recentemente o recolhimento dos carros por falta de pagamento.
Realmente, fica difícil fazer valer o poder de polícia da Prefeitura Municipal do Natal, e evitar que situações constrangedoras como a apresentada pelo Fantástico voltem a ocorrer, humilhando e envergonhando toda a população da cidade do Natal.