terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Costa brasileira é declarada santuário de baleias e golfinhos

da Agência Brasil, em Brasília

Um decreto assinado na sexta-feira (20) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva torna as águas da costa brasileira santuário de baleias e golfinhos, e reforça a proibição da caça de golfinhos e baleias nas águas sob jurisdição do país. De acordo com o decreto, "estão permitidos a pesquisa científica e o aproveitamento turístico ordenado".
A medida reforça a posição brasileira na Comissão Internacional Baleeira que, desde o fim da década de 1980, proibiu a caça e a pesca desses animais, na chamada moratória da baleia.
"Há uma queda de braço em nível internacional. O Japão faz pressão mundial para que a caça de baleias seja permitida. A criação do santuário é um recado para os predadores", disse o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
Com a declaração do santuário publicada no Diário Oficial da União, o Brasil passará a defender oficialmente em foros internacionais a integração de políticas para conservação das baleias e golfinhos em todo o Atlântico Sul, o que inclui Argentina, Uruguai e países da costa da África.
"O que era orientação política à chancelaria brasileira, agora é uma determinação legal. Em discussões internacionais, o Brasil vai ter que se posicionar contra essa atividade", explicou o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rômulo Mello.
A aprovação do santuário atende a um pedido de organizações não-governamentais ambientalistas, feito em maio de 2008 e que, por meio de 13 mil assinaturas, reivindicou mais apoio para a criação do Santuário das Baleias do Atlântico Sul.

Fonte: Folha On Line - 23/12/2008

ONU afirma que 2008 foi o 10º ano mais quente desde meados do século 19

O ano de 2008 foi o décimo mais quente desde 1850, quando começaram a ser feitos os registros, segundo estimativas preliminares da Organização Meteorológica Mundial (OMM). O relatório aponta que houve fenômenos meteorológicos extremos neste ano em diferentes partes do mundo, o que confirma a tendência de aquecimento global do planeta.
O estudo aponta a variabilidade dos fenômenos observados: temperaturas mais altas que o normal em partes da Europa, o inverno menos frio registrado em áreas da Escandinávia e frio extremo --em alguns casos inclusive com recordes históricos-- na América do Sul, principalmente na Argentina.
Como contraste, as temperaturas médias em julho foram superiores em 3ºC em grande parte de Argentina, Paraguai, Uruguai, sudeste da Bolívia e sul do Brasil.
"Em tudo isto, vemos a manifestação da variabilidade existente", destacou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud. A seca foi um fenômeno persistente em vários lugares ao longo de 2008, entre eles Portugal e Espanha, na Europa, e Argentina, Paraguai e Uruguai, na América do Sul, com efeitos muito graves sobre a agricultura destes três últimos países.
Jarraud ressaltou que, como parte das variações sofridas pelo clima, 2008 foi um ano mais frio em relação à média registrada entre 1997 e 2007, embora tenha sido o décimo mais quente da história meteorológica.
O ligeiro esfriamento deste ano em comparação com os anteriores foi provocado pelo fenômeno de La Niña, de acordo com o especialista.

Fonte: Folha On line - 16/12/2008

Cai desmatamento no Amazonas, diz Ibama

Por: KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Manaus

O índice de desmatamento em floresta primária no Amazonas foi reduzido de 1.558,16 km2 em 2003 para 479 km2 neste ano, anunciou ontem o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), com base em estimativas feitas pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Em Lábrea, o único dos 62 municípios do Amazonas incluído na lista dos 36 campeões de desmates na Amazônia, a marca de 471,91 km2 de floresta derrubada em 2003 caiu para 54,16 km2 neste ano.
Os números são do Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), do Inpe.
O gerente-executivo do instituto no Amazonas, Henrique Pereira, credita a queda nos índices de desmatamento à política federal de combate à exploração ilegal de madeira e também à criação de unidades de conservação como as reservas extrativistas do Médio Xingu e Ituxi e o parque nacional do Mapinguari, que eram alvo da ação tanto de madeireiros como de grileiros.
"O trabalho que decorre dessas ações tem dado um sinal muito claro à sociedade amazonense de que o desmatamento ilegal no Amazonas é um crime que não compensa economicamente", disse Pereira.
Nas ações de campo, o Ibama no Amazonas também executou operações que resultaram em multas totais de R$ 382,1 milhões neste ano.

Fonte: Folha On Line - 17/12/2008