sábado, 12 de março de 2011

Copa 2014

IMPLOSÃO DESCARTADA
Engenheiro civil descarta implosão do Machadão

Marcada para o segundo semestre, a demolição do estádio Machadão terá “dificuldades técnicas”, de acordo com a análise do engenheiro civil José Pereira da Silva, responsável pelos cálculos da fundação do estádio quando foi construído. José Pereira afirma que a implosão do estádio é “INVIÁVEL” e que outras formas de demolição são caras e demoradas.
O engenheiro José Pereira explicou que não é possível implodir o Machadão, principalmente por se tratar de uma estrutura aberta. “A implosão é um dos métodos mais modernos para se demolir, contudo só é utilizada em estruturas fechadas”, aponta. Como o estádio é “aberto” não seria uma implosão, mas uma explosão, que é desaconselhada pelo engenheiro. “Numa área densamente habitada como aquela, não há como explodir o estádio”, avalia. As fundações do estádio são outro ponto de dificuldade. Encravadas até 15 metros abaixo do solo, as fundações também teriam problemas para ser demolidas.
Quanto à fundação, o engenheiro coloca um outro ponto polêmico: demolir também ou aproveitá-las na construção da Arena das Dunas? “Se for aproveitada, o que é mais lógico, é preciso ter um estudo minucioso para que não haja interferência entre a fundação do novo estádio e do antigo. E eu particularmente não vi nenhum estudo sobre isso”, indaga, acrescentando que o projeto de engenharia da Arena das Dunas não é conhecido pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-RN). “Repito isso há mais de um ano: não existe projeto de engenharia da Arena das Dunas. O que foi apresentado foi uma maquete eletrônica”, complementa o presidente do Crea, Adalberto Pessoa.

Projeto alternativo prevê ampliação

A intenção do engenheiro José Pereira e do arquiteto Moacyr Gomes é apresentar à sociedade, de forma detalhada, o projeto alternativo de ampliação do estádio Machadão para adequa-lo às exigências da Fifa. O estudo de viabilidade é o mesmo encomendado pela Prefeitura de Natal e pelo Governo do Estado em 2008, segundo relato dos dois. Uma “reavaliação” está sendo feita para detalhar o projeto para a sociedade.
A promessa do engenheiro e do arquiteto é conseguir dar ao Machadão as condições de ser palco dos jogos da Copa do Mundo com um custo de 30% do projeto Arena das Dunas e num período de 20% do prazo estabelecido pela Fifa. O orçamento da Arena é de cerca de R$ 300 milhões, enquanto que o da ampliação custaria cerca de R$ 90 milhões. Os dados orçamentários serão atualizados por Moacyr Gomes e José Pereira.
O “projeto alternativo” teria ampliação da capacidade do estádio de 33 mil pessoas para 45 mil pessoas. Isso seria possível através de um rebaixamento do campo em relação ao solo de três metros e com a expansão da capacidade da arquibancada intermediária em 12 mil lugares. O projeto ainda conta com adequações do número de vagas de estacionamento, elevadores, área para a imprensa e público VIP, etc. José Pereira afirma que a estrutura do Machadão tem condições para receber essa expansão. “Queremos que a sociedade conheça o projeto”, encerra.

Fonte: Blog “Natal como te amo” - http://natalcomoteamo.blogspot.com/2010_03_01_archive.html

Copa 2014

COPA É NOSSA!

E com a copa vem a responsabilidade. A primeira responsabilidade é em providenciar o licenciamento ambiental para as obras, não apenas a do Estádio Arena Das Dunas, bem como de todas as obras de mobilidade urbana e drenagem que estão previstas para ocorrer.
O CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) até o presente momento não recebeu nenhum registro de projetos, o que é de se estranhar considerando a URGÊNCIA destas obras e o tempo que já decorreu desde 2008 até agora.
Para se derrubar o Machadão, a OAS Engenharia, empreiteira que ganhou a licitação, terá de ter em mãos o Alvará de Demolição, além de ter de apresentar a SEMURB (órgão responsável pelo licenciamento desta obra) o PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, coisa que até o presente momento não foi providenciado.
Segundo informações, a emissão do Alvará de Demolição do Machadão é algo quase impossível de ser concedido, visto que o Machadão, pelo que consta, não possui averbação, não existe de direito, pois nunca foi registrado.
Levanto estes pontos, visto a ordem de serviço já estar nas mãos do Secretário da SECOPA Demétrio Torres, e que em dando inicio aos trabalhos de demolição do estádio ou mantágem do canteiro de obras sem as devidas licenças ambientais e alvarás de demolição e construção, a empresa estará incorrendo em infração administrativa, e por lei, a obra deverá ser embargada e a empresa multada. Fora este risco administrativo, existe ainda a fiscalização do Ministério Público, que vai ficar em cima desta obra, não por ser a copa, mas pelos valores que estão em jogo.
Por bem a legalidade, por bem à realização da Copa do Mundo em Natal e para se evitar futuros problemas de ordem administrativa, legal e, por que não, criminal, recomendo aos gestores municipais e estaduais que agilizem a documentação necessária para a OAS poder trabalhar na legalidade, tranqüila e sem riscos.

Licenças ambientais

Licença ambiental cresce 570% com aumento de obras no país
CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA

A demanda por licenciamentos ambientais cresceu 570% no Brasil na última década.
Os dados são do Ibama, que aponta a necessidade de dobrar o quadro de funcionários do setor --de 300 para 600 pessoas-- para enfrentar a explosão nas obras.
Em 2000, o órgão ambiental tinha 251 processos de licenciamento para avaliar. Em 2010, eram 1.675. Desse total, 463 licenças foram concedidas. Neste ano, só no primeiro bimestre, foram 103.
O aumento do número de pedidos acompanha o crescimento econômico do país. Entre 2005 e 2006, primeiro ano do PAC, ele foi de 22%; entre 2003 e 2004, de 25%.
Os números foram apresentados no TCU (Tribunal de Contas da União) pela diretora de Licenciamento do Ibama, Gisela Damm, como resposta à queixa frequente do governo de que o licenciamento é moroso, especialmente o das obras do PAC.
É tanta a preocupação com o andamento das obras no Planalto que a presidente Dilma Rousseff exigiu a criação de um sistema on-line para que ela possa acompanhar pessoalmente o andamento das licenças do programa federal de obras.
O PAC, na realidade, responde por um número pequeno dos processos: apenas 20% dos pedidos de licenciamento feitos ao Ibama em 2010 são obras do programa.
Segundo Damm, o órgão alterou projetos de forma a diminuir o impacto ambiental de algumas obras -o que deveria ser considerado, diz ela, uma medida de eficácia।

LISTA NEGRA

O Ibama também passou, em janeiro, a devolver estudos de impacto malfeitos e publicar as devoluções no Diário Oficial.
A medida é uma forma de constranger publicamente as consultorias que fazem os estudos para os empreendedores. O Ibama acaba levando fama de moroso quando o problema, às vezes, está na qualidade dos estudos.
Até agora, já foram devolvidos estudos de impacto ambiental da hidrelétrica Pai Querê, no Rio Grande do Sul, de dois ramais ferroviários (um em São Paulo e outro em Rondonópolis, Mato Grosso) da América Latina Logística e de uma obra de canalização em Araranguá (SC).

Fonte: Folha on line, 11/03/2011 - 09h13

quinta-feira, 10 de março de 2011

ONG Baobá

Abrimos espaço para a ONG Baobá, do amigo Haroldo Mota.


Gustavo Szilagyi



Caros amigos,

Escrevi um artigo no ano passado, datado no dia 30 de agosto, intitulado “Tamarindo, chora na praia da Pipa”. Pois, bem estou escrevendo “Onde estão as árvores da minha cidade? Para relatar mais um crime cometido em relação as nossas árvores.

Recebi uma ligação de um amigo, dia 24, quinta-feira, por volta das 17:15h, relatando que no Largo de Santa Inês, localizado por trás do supermercado RedeMais Daterra, bairro do Alecrim, uma mangueira iria ser derrubada, e pediu-me que fosse analisar o caso.

Cheguei pouco mais de 50 minutos na árvore. Estava na minha bicicleta elétrica debaixo da árvore e um senhor que mora defronte, disse-me para sair dali que estava correndo risco, aquela árvore estava para cair, eu disse que não havia risco algum, ele argumentou que a árvore estava com o tronco pobre e a prefeitura iria cortar a árvore amanhã, pelo motivo de colocar em risco a comunidade. Fiquei muito preocupado com essa possibilidade.

O Alecrim

O bairro do Alecrim, segundo Câmara Cascudo foi batizado em homenagem a planta da localidade, onde era ofertada por uma senhora durante os funerais que se destinavam ao cemitério, no inicio do século passado. Hoje é um bairro com forte comércio e responde por uma gama de serviço e geração de emprego, com sua tradicional feira livre e comércio de camelôs. O bairro completará 100 anos de existência, neste ano.

Um das minhas preocupações com esse fato, era de que a Mangueira tinha uma condição fitossanitária boa, que carecia apenas de poda de equilíbrio, retiradas de alguns galhos secos. Meu amigo relatou que ela pertencia a uma fazenda, que havia inúmeras outras árvores daquela, na região: duas no largo e algumas outras próximas a Av. Alexandrino de Alencar.

Na mesma hora, liguei para Aristotelino Monteiro que trabalha na prefeitura, e relatei a situação, como também para Nivaldo Calixto, Prof. aposentado do IFRN.

No dia seguinte, sexta-feira (25/02), voltei ao local para verificar se realmente a prefeitura iria mandar a equipe para realizar o trabalho. Fiquei espantado! O caminhão já estava lá, com o pessoal trabalhando. Meu amigo, falou-me que teve um abaixo assinado para realizar o corte da árvore.

Liguei novamente para Aristotelino e não consegui falar com ele. Pouco tempo depois, quando já não estava no local, o telefone toca, era Aristotelino, falo que o pessoal da Semsur estava cortando a árvore. Ele me falou que iria ver o caso.

Por volta das 12:30h volto ao local, e verifico que o pessoal só havia cortado alguns galhos. Registro várias impressões fotográficas, como fiz pela manhã: a copa da árvore, o tronco, suas folhagens e frutos, a rua, a praça e os caminhões da prefeitura. Fiquei tranqüilo, Aristotelino conseguiu parar o corte da árvore.

Parque dos Mangues

No período da tarde, o promotor de Justiça Dr. Márcio Diógenes, havia convocado várias instituições para fazer uma visita técnica na área do mangue do município de Natal, cujo objetivo era verificar como estava sendo a recuperação do mangue e a desocupação da área por parte dos carcinicultores da região as margens do Rio Potengi próximo ao bairro de Igapó. Onde deverá ser construído o Parque do Mangue, produto turístico de alto valor ambiental em sustentabilidade de negócios. As instituições presentes eram: Ministério Público Estadual, Ibama, Idema, Semsur, Tamar, Ong Baobá e SOS Mangue (vejam fotos em anexo).

Também fazia parte dessa visita Aristotelino. Perguntei se havia solucionado o problema do corte da árvore. Ele falou-me que conversou com a pessoa encarregada do setor no qual falou que a árvore estava totalmente morta e com os galhos secos, havia sido uma solicitação dos moradores, pois colocava em risco a comunidade. Mostrei as fotografias que estavam na minha máquina fotográfica e ele ficou espantado “a história era totalmente outra... a árvore estava em sua plenitude”!

A noite, conversei por telefone com o Prof. Nivaldo, havia também visitado no período da manhã e conversou com vários moradores. Ele achou que não era necessário a retirada da árvore, apenas fazer a poda de equilíbrio e manutenção, no tronco onde foi retirada a casca, a parte interna estava boa.

No dia seguinte, sábado, sabendo que o secretário Kalazans Bezerra, Secretário da prefeitura, estaria participando de uma palestra na livraria Paulus, Centro, sobre a campanha da fraternidade de 2011, cujo tema era Fraternidade e a Vida no Planeta. No intervalo, converso sobre o assunto, ele imediatamente liga para a pessoa encarregada, mas não consegue falar.

Na segunda-feira, dia 28, telefono várias vezes para Kalazans e Aristotelino, não consigo comunicação com os dois. Devido a outros compromissos, só retornei ao local na quarta-feira, dia 02 de março, por volta das 13h. Acreditando que diante dos meus esforços, teria ajudado na preservação da árvore.

Para meu espanto, só restava uma parte do tronco da mangueira, uma escavação ao seu redor, onde estavam cortando as raízes da árvore e vários pedaços do caule cortado.

Várias Impressões

Novamente fiz várias impressões fotográficas e constatei o vigor da árvore, mesmo se tratando de um ser vivo com mais de 130 anos. Os anéis de crescimento (cerne) e o alburno (parte entre a casca e o cerne) em perfeito estado como também suas raízes.

Registrei algumas entrevistas com moradores sobre o caso: Mirele Raiara e Herman Zarate, não foram consultados sobre o corte da árvore acham que foi devido os frutos (mangas) estarem amassando os carros dos moradores. Juliano Faheina que é formado em Controle Ambiental pelo IFRN, acredita que faltou uma análise ambiental mais rigorosa “a população desse largo vai enfrentar um problema muito sério, devido a falta dessa cobertura que durante décadas propiciou uma sensação de bem estar natural”.

Questionamento

O que questiono é a forma do zelo público com o patrimônio ambiental das árvores da cidade. No primeiro caso, sobre as árvores da rua da praia da Pipa, no item dois da Autorização para Remoção de Árvore nº 377/2010, fornecido pela SEMSUR está escrito o seguinte texto: que se proceda ao plantio de três espécimes nativas adaptada ao local. Podemos constar hoje, que no referido endereço foi plantado as espécies de palmeiras areca, com cerca de 50 espécies conhecidas, gênero de palmeira da África e uma árvore exótica de NIN, planta nativa da Índia.

Como esse laudo técnico foi expedido, quais são os critérios de avaliação para a derrubada de uma imponente e majestosa árvore? Na minha pesquisa, existiam 10 mangueiras no Largo de Santa Inês, hoje só resta uma, nada foi plantado para substituir as que foram derrubadas. Sabemos que são construídos diariamente vários imóveis na cidade, que na grande maioria desses terrenos existiam inúmeras árvores, dando lugar a torres de concreto, impermeabilização do solo, criando um aumento de temperatura em seu entorno.

A segurança planetária, com relação as mudanças climáticas, também passa pela mobilização urgente de todo ser humano em preservar os seres vivos, principalmente aqueles responsáveis pela produção de oxigênio que são as árvores.

Precisava tornar público a situação. Fui ao O Jornal de Hoje fazer a denúncia. A repórter Márcia Gardênia, entrevistou-me e publicou na sexta-feira, dia 04 de março, “Ambientalistas se revoltam com corte indiscriminado de árvores”, no caderno Cidade, página 17.

Espero que essa atitude tenha despertado alguma luz de esperança na sociedade, onde casos como esses sejam estudados e analisados com mais carinho e respeito.

Atenciosamente,

Haroldo Mota

(84)9927.6555

CRIME AMBIENTAL

Ambientalistas se revoltam com corte indiscriminado de árvores

Moradores também não concordam com a ação e reclamam dos impactos

Uma mangueira com mais de 100 anos de idade foi cortada no Largo Santa Inês, no Alecrim, entre as avenidas Presidente Bandeira e Alexandrino de Alencar. Os moradores da rua em que a árvore pertencia não sabem dizer o porquê de ela ter sido cortada, já que ela não apresentava sinais de que estava morta. O ambientalista Haroldo Mota, da Ong Baobá, foi até o local e ficou indignado ao constatar que a mangueira estava com o tronco intacto e dando frutos. A equipe da Secretária Municipal de meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) alegou que a árvore estava sem vida, com risco de tombamento e que o corte foi requerido por meio de um abaixo assinado dos moradores. Mas no local, as opiniões se contradizem e não foi mencionada a questão do replantio.

Para Haroldo, não foi apresentado um laudo técnico satisfatório. “Dá para perceber pelo tronco da árvore que ela estava forte, firme. Apenas uma camada do caule estava coberta por cascas provenientes de uma poda mal feita. A árvore só precisava de uma manutenção, e não ser arrancada. Estão tirando as árvores da cidade como se não houvesse um amanhã”, diz Haroldo, decepcionado com o descaso da prefeitura.

Juliano Kildenne Nascimento mora no largo há mais de 25 anos. Formado em Controle Ambiental, o jovem acha que faltou uma analise ambiental concreta sobre a árvore. Ele diz que a mangueira apresentava cupins, mas como toda árvore frondosa, esse problema é muito comum e poderia ter sido eliminado por meio de remédios. E por estar com a copa muito grande, seus galhos estavam caindo sobre os carros, mas nada que pudesse causar estragos, pois a arvore não corria risco de tombamento. “Foi uma atitude precipitada. O tronco da arvore estava maciço, sem sinais de infiltração de água. Estava dando frutos, a folhagem estava boa e não tinha nada que a comprometesse. Ela só precisava de uma poda”, reforça o morador.

O jovem agora está preocupado com a ilha de calor que vai se formar na rua. Ele recorda tristonho as lembranças de seus avós sobre as árvores do largo de Santa Inês. Eram dez mangueiras, que proporcionavam sombra, ventilação e serviam de ponto de encontro da vizinhança e onde os mais velhos se reuniam para jogar cartas. Das dez mangueiras centenárias, agora só restava uma, e nunca houve replantio das outras. “Vai ser horrível suportar esse calor. É uma pena porque essas árvores eram muito antigas, o retrato do Alecrim, e agora não há o que fazer, pois até uma nova arvore seja plantada e atinja o mesmo porte, já será muito tarde”, afirma Juliano.

A estudante Mirelle Raiara mora há cinco meses na rua e não entendeu o porque da prefeitura ter cortado uma árvore que estava boa. “Imagine o calor que vamos sentir agora. A mangueira estava normal”, diz ela. Haroldo conta que não é primeira vez que ele presencia um corte indiscriminado de árvores em Natal, enquanto aquelas que realmente podem causar risco a população demoram muito para ser retiradas. Em Ponta Negra ele flagou o corte de tamarineira sem que estas estivessem comprometidas.

No ano passado, O Jornal de Hoje publicou uma matéria sobre uma árvore que estava para cair, próximo à rua Afonso Pena. A dona da casa que morava em frente à árvore morta, Úrsula Tatiana Oliveira, esperou mais de um ano para que a árvore fosse cortada. O tronco estava podre, as folhas secas, e parte dela haviam caído e derrubado parte do muro de Úrsula. A raiz estava se soltando e já havia arrebentado a calçada de sua casa. No entanto, a Semurb ignorou o pedido e só após a reportagem vir a público, a árvore foi cortada. “Quando é algo que precisa ser feito, porque pode arriscar a vida de alguém ninguém faz nada, mas para cortar árvores sadias só porque um galho caiu num carro, eles fazem e fazem rápido, sem consultar a população, sem demonstrar um laudo competente”, reage Haroldo, indignado.

O ambientalista alerta para as conseqüências do corte indevido de arvores. Segundo ele esse comportamento afetará o ser humano como o surgimento das ilhas de calor. O intenso número de veículos emitindo gases poluidores, a construção desenfreada de edifícios e a devastação das áreas verdes provocarão aumento da temperatura e da poluição. Além do desconforto térmico, a falta de árvores vai comprometer a saúde do indivíduo. “As árvores tem o importante papel de fornecer oxigênio ao ser humano realizando a troca de gás carbono, alem de fornecer sombra, frutos, água e auxiliar no equilíbrio da biodiversidade”, explica Haroldo.

A retirada das árvores fará com que os organismos se sobrecarreguem para filtrar o oxigênio, o que dificilmente irão conseguir estando em um meio ambiente poluído. Com isso aumentarão as doenças respiratórias e cardio vasculares. O intenso calor gera tonturas, cansaço e irritação. O câncer de pele também será muito comum em conseqüência da falta de sombra. “Sem as florestas, a água do planeta deixará de ser produzida, as precipitações pluviométricas diminuirão e o planeta se transformará num caos”, alerta. O calor pedirá o consumo maior de equipamentos de ventilação e refrigeração, obrigando uma maior produção de energia e escassez de combustível. Neste cenário que Haroldo vislumbra, a degradação da natureza acarretará cada vez mais em perdas humanas e econômicas. “Como será nos próximos anos, com essas calamidades resultantes do desequilíbrio ambiental? questiona.

Para Haroldo a magoa do corte da mangueira vai permanecer. Ele acha que deveriam pelo menos ter resguardados os frutos e partes da árvore para serem replantadas. As sementes seriam depositadas em um local apropriado para o crescimento ilimitado da árvore. No entanto, tudo se perdeu, e o ambientalista não sabe quando essa conduta irá se modificar. “Ninguém teve respeito e dignidade com a árvore. Alguém deveria pensar em tudo demonstrando dignidade com todos os seres, abandonar mais a cultura do ter e explorar a era do ser, estimulando a conexão com a terra e os seres vivos”, conclui seu desabafo.

Fonte: Jornal de Hoje. Divulgado pela ONG Baobá.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Fenômenos da Natureza

Vendaval em Várzea e tornado em Gurinhém

Dois fenômenos da natureza assustaram moradores do interior da Paraíba. Em Gurinhém, um tornado foi presenciado na zona rural da cidade. Já em Várzea, vendavais destelharam casas, provocaram interdições e correria entre moradores.

O tornado – pouco co

mum no Estado – foi visualizado por volta das 13 horas, nas imediações do sítio Riacho Verde.

“Um cone de nuvens que aparentava girar e movia-se. Meu irmão, que é mestre em Física, também presenciou e achou diferente de tudo que já viu”, relatou o professor José Roberto.

Mas o fenômeno que mais causou estragos ocorreu em Várzea, seguido de forte temporal.

Mais de dez residências foram destelhadas. A Prefeitura interditou o Terminal Rodoviário e o Ginásio de Esportes.

Equipes da prefeitura de Várzea isolaram as áreas atingidas pelo vento, para evitar desabamentos.

“Aos poucos foram se aproximando nuvens de chuva, mas de repente começou a ventar forte. E aí não deu tempo de nada. Todo mundo só procurou se proteger e ainda bem que tivemos apenas danos materiais”, relatou o jornalista Rodolfo André Brito, que reside na cidade e estava próximo ao local atingido pelo vendaval.

De acordo com a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), várias cidades da região sertaneja e do Cariri do Estado também registraram chuvas fortes e ventos isolados, durante todo o dia de ontem. A previsão dos meteorologistas é que ocorram mais precipitações nas próximas 24 horas.

Fonte: PBacontece e Uirauna.net, Quarta, 9 de Março de 2011 - 09h30

ZPA 05 - Lagoinha

Parte de muro de condomínio de luxo em Ponta Negra cai devido às chuvas

Da Redação do DIARIODENATAL.COM.BR

Uma parte do muro do condomínio Ponta Negra Boulevard caiu devido à forte chuva da madrugada desta quarta-feira de cinzas (09). O condomínio de luxo fica no bairro de mesmo nome, próximo ao estádio Frasqueirão. De acordo com o coronel Marcos Pinheiro, diretor geral da Defesa Civil em Natal, ninguém se feriu no acidente, mas a Defesa Civil optou por interditar o muro e uma casa localizada próximo à construção.

Fonte: Diário de Natal, 09/03/2011 - 11:10

Código Florestal

Votação de lei de florestas deve ser adiada

Por CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, reabriu na terça-feira o debate sobre o Código Florestal ao nomear um grupo de 14 membros para debater a proposta do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

O trabalho da chamada câmara de negociação deve causar o adiamento da votação da lei em plenário. A bancada ruralista queria que isso acontecesse ainda neste mês, mas, segundo Maia, a discussão não tem prazo. "Março é apenas uma data de referência", afirmou o deputado à Agência Brasil.

A câmara terá quatro deputados ruralistas e quatro ambientalistas.

Do lado ruralista, comporão o comitê Reinhold Stephanes (PMDB-PR), Paulo Piau (PMDB-MG), Luís Carlos Heinze (PP-RS) e Assis do Couto (PT-PR). Os ambientalistas serão representados por Sarney Filho (PV-MA), Márcio Macedo (PT-SE), Ricardo Trípoli (PSDB-SP) e Ivan Valente (Psol-SP).

A câmara de negociação é informal e tem o objetivo de resolver as diferenças entre ruralistas e ambientalistas que polarizaram o debate sobre o código --como a questão da anistia de multas a quem desmatou até julho de 2008, proposta por Aldo Rebelo, e a extensão das áreas de preservação permanente.

"Vamos ver o que é possível consensuar", disse Heinze. "A nossa pauta [tópicos essenciais para a bancada] estará entregue logo depois do Carnaval. Se dependesse deles [ambientalistas], não se votava nunca."

O ambientalista Alfredo Sirkis (PV-RJ) disse ter estranhado composição da comissão. "Era fundamental ter um componente científico, representantes da SBPC e do Inpe", afirma. "Estou achando que houve uma série de manobras estranhas para esvaziar o que seria uma boa ideia."

Fonte: Folha Online, 02/03/2011 - 21h17

Degradação Ambiental

Noronha sofre com lixo fora de controle

Por GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO


A caminho da paradisíaca praia da Cacimba do Padre, uma das preferidas dos surfistas em Fernando de Noronha, o cheiro de lixo chega às narinas dos visitantes.

O motivo pode ser visto de cima, já na chegada ao arquipélago: os dejetos se acumulam em um terreno próximo, entre a praia e o aeroporto.

Conhecido simplesmente como "lixão" entre os moradores, o local é, oficialmente, uma usina de compostagem- processo que transforma resíduos orgânicos, como restos de comida, em adubo.

Na prática, porém, as imediações da usina funcionam como um grande depósito de lixo a céu aberto.

Isso acontece porque a quantidade de dejetos produzida no arquipélago é muito maior do que a capacidade de lidar com ele.

Por dia, na baixa temporada, são pelo menos 8,8 toneladas de resíduos. No período com mais turistas, o número chega a 10 toneladas.

A maior parte desse lixo (63%) -especialmente plástico, papelão, alumínio e alguns resíduos orgânicos- deveria ser mandada de volta para o continente, o que acaba não acontecendo.

No melhor dos cenários, o navio que faz o transporte consegue levar 95 toneladas a cada 20 dias. Ou seja: sobram pelo menos 15 toneladas de lixo por viagem.

Sem ter como sair da ilha, o excedente, que chega a 31 toneladas na alta temporada, acaba acumulado na área externa ao lado da usina.

Embora os resíduos estejam separados por tipo e acondicionados em grandes sacos especiais, ainda se configura um lixão, na opinião de Eglê Teixeira, do Departamento de Saneamento e Ambiente da Unicamp.


LIXÃO MODERNO


"A diferença é que é um lixão mais moderno, com tudo empacotado. Mas ele ainda oferece riscos, como a proliferação de ratos, sem contar uma possível contaminação do solo", afirma ela.

A administração do arquipélago, que é feita pelo governo de Pernambuco, informou que prepara um plano de gerenciamento de resíduos sólidos, com consultas à comunidade.

Ele deve ficar pronto até junho deste ano e, com base nele, serão instituídas "outras práticas sustentáveis" para lidar com o problema.

O lixo orgânico também atrai muitas garças. "Como o local é muito próximo do aeroporto, há risco de acidentes aéreos", diz Teixeira.

Embora menos grave, há outro problema com o processo de compostagem ali: o risco de contaminação.

Como o adubo costuma ser usado em hortas e plantações para consumo humano, é preciso haver um controle rígido sobre a qualidade dos resíduos que vão formá-lo.

Não existe coleta seletiva em Fernando de Noronha. O lixo chega todo misturado e é separado por funcionários da usina. Com isso, aumentam as chances de que restos de comida, muito usados na compostagem, possam ter entrado em contato com substâncias tóxicas, como as de pilhas e baterias.

"Qualquer contaminação desse tipo no adubo usado para o consumo humano oferece graves riscos à saúde", afirma a pesquisadora.

A administração da ilha diz que há seleção criteriosa do material usado na compostagem e que a coleta seletiva deve ser implantada na ilha até julho deste ano.


SURFE


As águas de Fernando de Noronha são ideais para a prática de vários esportes. No entanto, por causa das dificuldades estruturais e, principalmente, ambientais, há um controle rígido sobre o que é autorizado na ilha.

Atualmente, há dois eventos de grande porte: a Regata Internacional de Pernambuco e o campeonato de surfe Hang Loose Pro Contest.

Noronha recebeu mais de uma centena de surfistas entre os dias 15 e 20 deste mês para a chamada etapa WQS, divisão de acesso à elite mundial do surfe.

O campeonato acontece bem no período em que as tartarugas marinhas, ameaçadas de extinção, sobem as areias para botar seus ovos.

Como os bichos preferem fazer isso à noite, as provas precisavam acabar até as 18h

Além disso, a estrutura que ficava na areia, como palanques e caixas de som, precisou ser bem mais alta do que o habitual para permitir que as tartarugas transitassem livremente.


Fonte: Folha Online, 28/02/2011 - 13h17

ONG Baobá

Recebo e-mail do amigo Haroldo Mota, presidente da ONG Baobá, convidando os amigos para participarem do 1º Festival Internacional de Filme sobre Energia Nuclear, e que acontecerá de 21 até 28 de maio no Rio de Janeiro e em São Paulo, no mês de Junho 2011. Publico abaixo o e-mail para que todos possam tomar conhecimento deste importante evento.

Abraços.


Gustavo Szilagyi



Ong Baobá no Nordeste – Uranium Film Festival


Caros amigos,


O 1º Festival Internacional de Filme sobre Energia Nuclear, acontecerá de 21 até 28 de maio no Rio de Janeiro e em São Paulo, no mês de Junho 2011. No Nordeste, será realizado no mês de agosto de 2011.

Riscos da Radioatividade

O Festival pretende informar a sociedade e estimular produções independentes audiovisuais sobre energia nuclear e todo o ciclo nuclear, os riscos da radioatividade e especialmente sobre exploração, mineração e o processamento de Urânio. Toda sociedade, tem o direito de escolha. Mas para decidir, é necessário informação. Acreditamos que informação independente é essencial para a cidadania global.

No Nordeste

A Ong Baobá, será a promotora oficial das exibições nas cidades do Recife, João Pessoa, Natal e Fortaleza.

Santa Tereza

O 1º Festival Urânio em Movi(e)mento acontecerá na Cidade do Rio de Janeiro, no famoso Bairro de Santa Teresa, no Centro Cultural Parque das Ruínas e no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo.

Centro de São Paulo

Na Cidade de São Paulo, o Festival acontecerá nos dias 02 a 09 de junho de 2011, no Centro Cultural Matilha.

Os primeiros 10 filmes internacionais selecionados

Uranium Road da África do Sul do diretor Theo Antonio sobre a indústria nuclear da África do Sul;

The Return of Navajo Boy dos EUA com o diretor Jeff Spitz sobre a mineração de urânio no território do povo indigena navajo;

Fight for Country da Austrália do diretor Pip Starr sobre a luta dos aborígenes e ambientalistas contra uma grande mineração de Urânio no norte de Austrália;

Uranio 238: La Bomba Sucia del Pentágono de Costa Rica do diretor Pablo Ortega sobre a munição radioativa que os Estados Unidos estão usando nas guerras na ex Iuguslávia e Iraque;

Yellow Cake. Die Luege von der sauberen Energie da Alemanha do diretor Joachim Tschirner que desmascara a grande mentira da indústria nuclear de ser uma “energia limpa”.

Uranium do diretor canadense Magnus Isacsson sobre a poluição radioativa feita pelas minas de urânio no Canadá.

Project of Decay de Suécia do diretora Klara Sager sobre o povo indígena samen do norte da Suécia que sofre até hoje por causa do desastre nuclear de Chernobyl em 1986, embora viverem 5 mil quilometros longe da Ucrânia;

Into Eternity do diretor dinamarquês Michael Madsen sobre a questão do lixo altamente radioativo das usinas nucleares;

Hiroshima – a Film of Human Survival da EUA/Japão do diretor David Rothauser sobre os sobreviventes da primeira bomba atômica dos Estados Unidos jogada na cidade japonesa de Hiroshima no final da 2ª Guerra Mundial:

Uranium um filme dos EUA sobre os efeitos graves da mineração de urânio na área indígena dos Navajo em Nuevo Mexico e Arizona da diretora Sarah Del Seronde.

Endereço oficial do Festival

Urânio em Movi(e)mento

Rua Monte Alegre nº 356 -301

Rio de Janeiro-RJ- Brasil - CEP-20240-190

Diretor Geral: Norbert G. Suchanek

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Haroldo Mota