sábado, 8 de novembro de 2008

Igarn vai monitorar poços em Natal

ÁGUA - Órgão estadual está disciplinando a perfuração de poços

Natal se tornará na próxima semana a capital nacional das águas, com a realização da Feira Nacional, do Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas e ainda do Encontro Nacional dos Perfuradores de Poços. Os eventos coincidem com o anúncio de que, a partir de 2009, o controle da qualidade das águas captadas nos mais de 1.500 poços existentes em Natal passará por um monitoramento mais intenso.
A partir provavelmente de janeiro, iremos manter um acompanhamento da qualidade da água dos poços, para verificar possíveis contaminações físico-químicas ou bacteriológicas”, afirmou o diretor geral do Instituto de Gestão de Águas do RN (Igarn), Celso Veiga. Serão definidos 28 poços, que servirão de universo para o estudo e de onde serão coletadas amostras a cada seis meses. Os dados serão disponibilizados em um site, do programa Água Azul, junto com informações sobre a balneabilidade das praias e as condições da água de rios e lagoas do interior do Estado.
Para isso, foi montada uma rede na qual o Igarn conta com apoio do Idema, Emparn, UFRN, Uern, Ufersa e Cefet. “Muito se fala em nitrato, mas essa análise vai observar além, pois existem outros contaminantes”, destaca Celso Veiga. Será analisada, por exemplo, a presença de derivados de petróleo, que por acaso possam ter se infiltrado no solo até chegar ao lençol freático. “Com esse monitoramento, poderemos avaliar a qualidade de água do nosso aqüífero”, explicou.
Atualmente, para abrir um poço é necessária a autorização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e do próprio Igarn, que concede a outorga do uso das águas. No entanto, se depender do órgão o número de poços privados não deve mais crescer na capital. Isso porque a perfuração só pode ser autorizada onde a concessionária de águas, no caso a Caern, não ofereça sua rede de abastecimento, que hoje chega a completamente todo território natalense.
Por isso, a maioria das análises dizem respeito a solicitações vindas do interior do Estado. O Igarn avalia o projeto, o uso pretendido para essa água, o volume que deve ser explorado, entre outras informações, para só então liberar a perfuração. Nem todos os poços, no entanto, foram construídos seguindo esses critérios, já que os anteriores a 2002 não precisavam do aval dos órgãos governamentais.
Atualmente, o controle é feito basicamente sobre os poços pertencentes à Caern, onde em alguns casos vem sendo registrados altos teores de nitrato. Para aqueles particulares, nos quais seja detectada contaminação semelhante, a saída será tentar a mesma solução da companhia, ou seja, obter água limpa para diluir a concentração desse poluente. Já a prevenção, lembra Celso Veiga, depende da ampliação da rede de esgotos da capital, que hoje alcança apenas um terço da cidade, e do combate a outras fontes de contaminação. “É preciso, por exemplo, evitar a formação dos lixões”, cita o diretor.


Volume ainda não é motivo de preocupação

A preocupação do diretor do Igarn, Celso Veiga, diz respeito à qualidade da água do aqüífero que abastece Natal, chamado de Barreiras. Porém, mesmo o grande número de poços existentes na capital não é suficiente para acrescentar outro temor: o da quantidade de água disponível. “Um grande estudo sobre o aqüífero, de Touros a Baía Formosa, está sendo feito e deve terminar em 2010, indicando as possíveis vulnerabilidades desse manancial. Porém os indicadores que temos hoje apontam que a quantidade explotada está dentro da capacidade, já que a reserva é muito grande”, enfatiza. Um dos sinais de risco, o rebaixamento do nível dos poços, não vem sendo registrado.

O temor é a forma como esses recursos foram sendo explorados, ao longo do tempo, de forma inadequada. Desde 2002, todos poços perfurados precisam ser aprovados pelo Semarh e Igarn, mas os já existentes antes dessa data nem sempre respeitavam os critérios de proteção contra contaminação. “Antes, quem queria podia abrir um poço”, recorda. Com a criação do Igarn, há seis anos, o processo se tornou mais rigoroso. Além disso, o Estado iniciou um cadastramento de todos os poços, sua vazão e uso, nos últimos três anos. Com o estudo sobre o aqüífero barreiras, será possível, inclusive, definir as regras para uso de águas.

Falta controle sobre poços particulares

Dos cerca de 1.500 poços existentes em Natal, somente pouco mais de 100, o equivalente a menos de um décimo, pertencem à Caern. “Todo mundo se preocupa com esses 10%, mas e os poços particulares que estão nas mesmas regiões dos da Caern: Quem está controlando? Quem garante que as pessoas não estão tomando a água deles com alto teor de nitrato?”, questiona a gerente de Qualidade da Produção e Meio Ambiente da Caern, Paula Ângela Liberato.

Ela destaca que a companhia monitora seus poços e, quando não é possível diluir a água deles para reduzir a concentração de nitrato, interrompe a produção, o que já resultou no fechamento de 26 deles em Natal. Porém o mesmo não acontece com relação aos poços privados. “Certamente tem muito morador de condomínio de luxo por aí bebendo água inadequada”, enfatiza, lembrando que a origem dessa água é a mesma dos poços da Caern.

Ela destaca que cabe aos órgãos ambientais da Prefeitura e do Estado impedir a abertura de novos poços clandestinos e monitorar os existentes. Hoje, aliás, praticamente nenhum novo poço poderia ser aberto dentro dos critérios legais, na capital, uma vez que a cidade é praticamente toda atendida pela rede de abastecimento da companhia. “E quando solicitam a perfuração, a Semarh consulta a Caern para saber a esse respeito”, lembra a gerente.

Uma das medidas tomadas pela concessionária para reduzir a concentração de nitrato em algumas regiões da cidade é a construção de adutoras como a do Jiqui, na zona Sul, e a do Rio Doce, na zona Norte. A conclusão das obras, porém, não irá representar necessariamente a reabertura dos 26 poços fechados. “Vai depender, mas podemos ter até mesmo o fechamento de outros com nível alto de nitrato, que hoje não podem parar de produzir para não haver desabastecimento, mas que poderão vir a ter suas águas substituídas pelas da adutora”, cogita.

FONTE: 08/11/2008 - Tribuna do Norte

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Está no ar novo canal de divulgação das cavernas do RN

Na condição de ambientalista e também de membro da ONG Sociedade Espeleológica Potiguar - SEP, não poderia me furtar ao direito de divulgar, neste espaço, a realização de um sonho dos amantes da Espeleologia no estado do Rio Grande do Norte, que é a criação de uma página digital na rede mundial de computadores, tratando exclusivamente do carste potiguar, suas riquezas e descobertas, além do lançamento do primeiro periódico espeleológico do RN, a revista "Lajedos", parte integrante e principal do site disposto no endereço http://www.lajedos.com.br/.
Não posso deixar de considerar, no entanto, que este não é o primeiro site a tratar sobre a temática do carste potiguar. Durante mais de dois anos esteve no ar o site da ONG SEPARN, Sociedade para Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental do Rio Grande do Norte (http://www.separn.org.br/), que além da divulgação dos trabalhos institucionais, foi o primeiro veículo de divulgação das cavernas do RN na rede mundial de computadores. Este site, mantido com recursos da própria ONG, inclusive seu desenvolvimento e atualizações, hoje encontra-se desativado, com a SEPARN tendo juntado-se a SEP na empreitada da construção do "LAJEDOS".
Apesar de estar com o site desativado, a SEPARN ainda mantêm na rede mundial de computadores um Álbum de fotos digital (http://separn.fotos.net.br/cavernas/), onde as pessoas podem ter acesso a um pouco das belezas cênicas protagonizadas pela carste potiguar.
Gostaria de convidar a todos os amigos que acompanham este Blog a visitarem estes link's divulgados nesta mensagem, bem como dar sua contribuição ao periódico "LAJEDOS", mandando recados e divulgando o site junto aos amigos.

Um grande abraço à todos,

Msc.Gustavo Szilagyi









Barragem de Santa Cruz continua sem infra-estrutura para receber visitantes


Barragem de Santa Cruz continua atraindo milhares de turistas todo final de semana


Apesar da falta de infra-estrutura, básico como barracas com boas condições de higiene, banheiros e estacionamento para veículos, causada pela morosidade na aplicação do projeto de urbanização do sítio barrável da barragem de Santa Cruz, o local continua sendo o principal atrativo turístico e espaço de lazer da região da Chapada do Apodi.
Distante 18 km da sede do município do município o local continua atraindo milhares de visitantes nos finais de semana. Mesmo assim os empresários que exploram o serviço de bar e restaurante no local reclamam o descaso do poder publico com esse importante filão para a economia local.
Os problemas começam na estrada tendo em vista que o trecho de 18 km, entre a sede do município e a barragem é de difícil acesso, já que a via é carroçal e apresenta várias irregularidades decorrentes das chuvas registradas no inicio do ano, e a falta de manutenção. Por diversas vezes o presidente dos barraqueiros da Barragem de Santa Cruz, Erivaldo Nobre manteve contato com representantes da classe política e representantes de outras entidades de classe solicitando apoio para a urbanização do local, mas a situação continua a mesma.
Erivaldo disse que procurou várias pessoas e recebeu deles a promessa de que o projeto de urbanização da barragem será viabilizado, mas nada foi feito. Ele lembra que já está se aproximando o período de alta estação, quando aumento o numero de visitantes ao local, e os visitantes e turistas vão se deparar novamente com os mesmo problemas.


Utilziação da barragem


Além da exploração para o turismo a Barragem Santa Cruz do poderia ser explorada para outras finalidades como a irrigação de 9.236 ha. Segundo informações do Fórum das Entidades Representativas de Apodi, já existe um Projeto de Irrigação Santa Cruz do Apodi com anteprojeto de engenharia e estudo de viabilidade já executados.
A área total do projeto é de 26.372 ha., sendo que os 17.136 ha. restantes serão aproveitados após a implantação do Projeto de Transposição de Bacias do Rio São Francisco. Como obra de controle de cheias e regularização de vazões do rio Apodi, constituirá o anteparo das águas da Transposição do rio São Francisco para a Bacia do rio Apodi.
Por outro lado a piscicultura, já em pleno desenvolvimento na barragem, gera emprego e renda para as populações da região, mas poderia ser ampliado.


FONTE: Correio da Tarde, 07/11/2008

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Erosão avança na Praia do Meio e chega ao asfalto

A erosão nos calçadões da Praia dos Artistas e de Ponta Negra segue causando transtornos a moradores, turistas e comerciantes desses dois pontos da orla marítima de Natal. Na Praia do Meio, uma cratera de 150 metros obriga os transeuntes a usar a calçada oposta ou arriscarem-se dividindo espaço com os carros na avenida. Em Ponta Negra, uma cratera com aproximadamente cinco metros de extensão dificulta a passagem dos pedestres, que dispõem apenas de uma estreita faixa de pavimento para transitar.

O problema se arrasta desde o inverno. Na Praia dos Artistas, a erosão destruiu o trecho do calçadão da Avenida Café Filho na altura do Centro Municipal de Artesanato. O coopista José Lucena, que freqüenta a orla diariamente para sua caminhada matinal, classifica a situação como uma ``vergonha''. Ele acredita que a obra de recuperação em curso já poderia ter sido concluída. ``Mas sabemos que no Brasil é assim. O dinheiro público é sempre mal direcionado'', opina. Ele lamenta que precise atravessar a rua e caminhar do outro lado para escapar do buraco.

O empresário Emerson Fernandes explica que faz sua caminhada com medo de ser atropelado, já que é obrigado a andar na pista para vencer o trecho erodido. Ele confessa, ainda, que não confia na qualidade do serviço em execução pela prefeitura e acha que o calçadão voltará a erodir nas próximas chuvas.

Freqüentador da Praia dos Artistas há mais de 60 anos, o aposentado Otacílio de Lima alerta para os riscos que um passante distraído corre ao transitar pelo calçadão. Ele destaca que alguém pode cair no buraco ou cair do calçadão para a beira-mar, já que há um trecho em obras onde é possível caminhar, mas que não tem cerca de proteção. A altura é superior a dois metros.

Otacílio se diz ``triste'' pela situação. Na opinião dele, a Praia dos artistas, que já foi a mais concorrida de Natal, vive seu pior momento. ``Essa praia era uma beleza. Por volta de 1940, se via pouca gente por aqui, era uma tranqüilidade. A praia era bonita e o mar era cheio de peixe, diferente de hoje, que o mar está cheio de esgoto. Mais tarde, aqui virou a `praia da cidade' e era muito animada, cheia de gente'', relembra.

O mestre de obras Pedro Eleutério, que ontem supervisionava os serviços de recuperação do calçadão da Praia dos Artistas, afirma que os trabalhos serão concluídos até o final de dezembro. ``Estamos trabalhando com 25 homens, de acordo com a tábua das marés'', informa. Ele acrescenta que a dependência da maré e o caráter de urgência do serviço fazem com que os trabalhos prossigam inclusive no turno da noite.

Fonte: DN Online, 03/11/2008.