quarta-feira, 17 de agosto de 2011

RIO PITIMBU

Recuperação de trecho do Rio Pitimbu é apresentado em reunião

Na tarde desta terça-feira (16), o auditório da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) sediou a reunião do Comitê da Bacia Hidrográfica Pitimbu (CBH-Pitimbu) para tratar da recuperação do trecho do rio que ficou assoreado pela erosão de uma parte do km 100 da BR-101, no dia 24 de janeiro deste ano. Participaram da reunião representante do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema) e técnicos Semarh.
Durante a reunião, o Idema apresentou a perícia ambiental completa sobre os impactos na infraestrutura do Rio Pitimbu e o DNIT divulgou o Plano de Recuperação de Áreas Degradas (PRAD) da Micro Bacia do Pitimbu, já que foi citado como o responsável principal pelo acidente.
De acordo com o levantamento do Idema, três pontos principais foram ressaltados pelo acidente como o assoreamento grave do rio Pitimbu, que culminou na deformação do leito,a morte de espécies da mata ciliar, soterrados pelo desmoronamento, e a desfiguração natural da paisagem.
Segundo explicou o diretor técnico do Idema, Jamir Fernandes, o PRAD desenvolvido pelo DNIT, que foi apresentado ao Instituto há um mês e tem prazo de execução firmado de seis meses, já está sendo executado e será acompanhado pelo Idema após a finalização.
A recuperação de áreas degradas contemplam a contenção de processos erosivos, desassoreamento e revitalização da dinâmica de escoamento do rio, recomposição da mata ciliar, proteção das formações dunares e restabelecimento dos corredores ecológicos.
Ainda de acordo com Fernandes, além do DNIT, a Prefeitura de Parnamirim trabalha na área com o novo Plano de Sistema de Drenagem, e o condomínio Buena Vistq atuará na recuperação das dunas com o replantio de espécies nativas não-frutíferas. Tanto a prefeitura quanto o condomínio foram corresponsabilizados pela erosão.
O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Pitimbu, Pedro Galvão, declarou que o projeto emergencial apresentado pelo DNIT está em fase de ajustes, mas corresponde aos requisitos do Idema. "Eles seguiram o termo de referência, mas ainda cabe um levantamento histórico e comportamento ambiental da área, nada que interfira no trabalho neste momento", comentou.
Uma reunião extraordinária entre os órgãos está marcada para o dia 1º de setembro próximo para que sejam apresentadas mudanças no PRAD apresentado pelo DNIT.

Fonte: Diário de Natal, 17/08/2011

CLIMATOLOGIA

Ar seco põe metade do País em alerta e faz SP bater recorde

O ar seco colocou em alerta metade do País e fez a cidade de São Paulo registrar ontem o dia mais seco do ano. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), às 15 horas, a umidade relativa do ar era de 22% na capital paulista. Na estação meteorológica do Comando da Aeronáutica, no Aeroporto de Congonhas, a mínima chegou a 16%. Antes, o menor índice de 2011 havia sido o do último sábado - 26%.
Os reflexos na saúde da população foram imediatos. No Hospital da Criança, na zona sul, a procura por atendimento no pronto-socorro aumentou 50%. A maioria das 400 crianças atendidas tinha problemas respiratórios, que pioram no tempo seco. O atendimento a adultos aumentou 30%. No interior, Votuporanga, Asa Branca e Pradópolis registraram os menores índices de umidade relativa do ar do Estado - entre 12% e 14%.

Fonte: Estadão

POLUIÇÃO SONORA

Perturbação da vida alheia
Apenas no primeiro semestre de 2011, Ciosp registrou 2.998 queixas sobre som alto em Natal

Tem coisa mais irritante do que na sua própria casa ser impedido de dormir, se concentrar para fazer uma leitura, ver TV ou simplesmente bater um papo com a família porque o vizinho está ouvindo música no volume mais alto? Quando o assunto é reclamação, a lista de denúncias feitas através do 190, com relação à poluição sonora é uma das maiores. Somente no primeiro semestre deste ano, de acordo com informações da Subcoordenadoria de Estatística e Análise Criminal (Seac), da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), foram atendidas pela Polícia Militar, por meio de acionamento do Centro Integrado de Operações da Segurança Pública (Ciosp), 2.998 ocorrências referentes à perturbação do sossego público.
Segundo informações da Sesed, os três bairros onde mais ocorreram atendimentos no primeiro semestre deste ano foram Nossa Senhora da Apresentação (196), Ponta Negra (193) e Felipe Camarão (181). Os menores índices de ocorrências desse tipo foram registrados em Cidade Nova (61), Candelária (66) e Nova Descoberta (70). A maioria dos casos é solucionada no próprio local da ocorrência, com o diálogo entre os policiais militares e os acusados. A Sesed informou ainda que durante o verão o número de ocorrências é maior. Para fazer denúncias, as pessoas devem ligar para o número 190 e solicitar uma viatura.

Dificuldades

No entanto, algumas pessoas encontram dificuldades na hora de fazer as denúncias. Entre essas pessoas que se sentem prejudicadas está um morador das imediações da Igreja de São Pedro, no Alecrim, que prefere não se identificar. Segundo ele, somente no último domingo moradores da rua onde ele mora, entraram em contato com o Ciosp quatro vezes solicitando a presença de uma viatura para pedir que o som fosse reduzido, mas a polícia respondeu que não cabia a ela atender a esse tipo de ocorrência. "É revoltante. Ficamos sem ter a quem recorrer".
Segundo relatou, os policiais que atenderam ao 190 sugeriram que os próprios moradores fossem "negociar" para baixar o som. Mas o dono do paredão reage com ironias e provocações a quem quer que peça um pouco de silêncio durante o seu final de semana. Para evitar um desfecho trágico, os moradores das ruas adjacentes passaram a suportar a situação calados.
O morador do Alecrim afirmou que o problema é antigo na Rua Vereador José Sotero, mas nos últimos três finais de semana um vizinho ligou um "paredão de som" em volume altíssimo por mais de 24 horas seguidas, promovendo uma farra em via pública. "Vários cidadãos de bem ficam à mercê de pessoas irresponsáveis e sem ter como recorrer a qualquer autoridade que aja para coibir esse tipo de abuso", relata o morador.
O mesmo acontece com uma moradora da Avenida Itapetinga, na Zona Norte de Natal. Ela também preferiu resguardar sua identidade, tendo em vista que mora muito perto de um bar, cujo dono se comporta de forma intransigente quando os vizinhos pedem para ele reduzir o volume do som. A moradora diz que evita bater de frente, já que todos no local estão fazendo uso de bebidas alcoólicas e ela tem medo de uma agressão.

Orientação

Diante da insatisfação de algumas pessoas, que não conseguem o retorno esperado por parte da Polícia Militar, o gerente operacional do Ciosp, major Rodrigues Barreto informou que existem três tipos de denúncias. Uma delas é referente ao som alto dos carros, que deve ser denunciado à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). "Nesses casos, os técnicos da Semob fazem a verificação dos decibéis e se estiver acima do estabelecido pelo Código de Trânsito, a pessoa pode ser autuada", afirmou. No caso de bares e casas de show, o barulho excessivo configura crime ambiental e deve ser denunciado à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (Deprema). "Da mesma maneira, os policiais verificam se o som extrapola os limites e notifica a pessoa responsável pela perturbação. A pena para essa pessoa pode ser de até cinco anos de reclusão", afirmou.
A Polícia Militar deve ser acionada quando o som alto vem de um vizinho, ou seja, quando o barulho não vem da rua, mas de umaresidência. "No caso de uma pessoa parar o carro na frente da sua casa com o som alto, também pode chamar a PM por meio do 190", afirmou. O major esclareceu que o fato de não atender alguns chamados está relacionado ao grau de prioridades das denúncias. "Os crimes contra a vida, contra o patrimônio, por exemplo, são atendidos com maior urgência".

Fonte: Diário de Natal, quarta-feira, 17 de agosto de 2011