segunda-feira, 20 de julho de 2009

Esgotamento sanitário é necessário no RN

O desconhecimento da importância do esgotamento sanitário para o meio ambiente e saúde pública pela população é um dos entraves para a expansão da rede de esgoto. Calcula-se que, no Rio Grande do Norte, entre 10% e 15% da população atendida por esgoto é resistente a fazer este tipo de ligação.

A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN) vem trabalhando sistematicamente as áreas onde este tipo de problema se apresenta e, com trabalhos de conscientização ambiental, consegue reverter a situação.

Atualmente, em todo o Rio Grande do Norte, são cerca de 107 mil ligações de esgotos ativas. “A Caern tem trabalhado para aumentar o índice de ligações com obras em todo o Estado, investindo mais de R$ 650 milhões em obras de esgotamento sanitário e abastecimento de água”, destaca o presidente da Companhia, Walter Gasi.

Segundo ele, somente em esgotamento sanitário, estão sendo investidos no interior R$ 219 milhões em municípios como Mossoró, Macaíba, São José de Mipibu, Canguaretama, Nova Cruz, Goianinha, Assu, Angicos e Pendências.

Existem dois tipos de implantação de sistema de esgoto. O primeiro é o convencional, que é implantado nas vias públicas, fora dos lotes particulares. Neste modelo, os moradores precisam fazer as ligações das áreas de sua casa onde é despejada água servida, como banheiros e cozinhas, para a rede coletora que passa na rua. Já no sistema condominial, que atende usuários de baixa renda, os canos do esgoto passam pelos quintais das residências. No condominial, a tarifa paga pelo esgoto também é menor em 50% do que a convencional.

A resistência às ligações de esgoto ocorre porque, na maior parte das vezes, pelo sistema convencional, os moradores têm que fazer uma espécie de reforma em suas residências, para passar os canos de coleta de esgoto. E, independente do grau de instrução ou faixa de renda, as pessoas não querem arcar com o custo desta despesa.

De acordo com o gerente da Regional Natal Sul da Caern, Lamarcos Teixeira, a justificativa para não fazer a ligação de esgoto é, em primeiro lugar, econômica, e em segundo, por desconhecimento da importância do esgotamento sanitário para o meio ambiente e para a saúde pública.


Fonte: 19/07/2009 - Tribuna do Norte

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