Recifes de coral podem desaparecer até 2050, alerta estudo
Os recifes de coral podem desaparecer de todo o planeta até 2050 se não forem tomadas medidas urgentes para protegê-los das ameaças da pesca excessiva ao aquecimento global.
A advertência foi feita nesta quarta-feira no informe "Reefs at Risk Revisited", realizado por pesquisadores e grupos de conservação ambiental dirigidos pelo comitê de especialistas World Resources Institute (Instituto de Recursos Mundiais).
O aquecimento dos mares, causado pela mudança climática; a acidificação dos oceanos, obra da contaminação por dióxido de carbono; o transporte marítimo, o desenvolvimento costeiro e os resíduos agrícolas são as principais ameaças aos recifes de coral, além de permitir a economia e subsistência de milhões de pessoas.
"Se isto não for controlado, mais de 90% dos corais estarão ameaçados até 2030 e quase todos os corais vão estar em perigo até 2050", assinala o informe.
"As pressões locais sobre os recifes, como a pesca excessiva, o desenvolvimento costeiro e a poluição, representam a ameaça mais direta e imediata para os recifes de coral de todo o mundo e colocam em perigo, a curto prazo, mais de 60% dessas coloridas florestas marítimas", adverte o estudo.
O impacto da mudança climática --uma ameaça mundial para os corais-- somente agrava as pressões locais.
"O aquecimento dos mares já causou grandes danos aos recifes, devido ao fato de que as altas temperaturas geram uma resposta chamada branqueamento: os corais perdem suas coloridas algas simbióticas", afirmou o relatório.
"Além disso, o aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2) está fazendo que os oceanos fiquem mais ácidos. A acidificação dos oceanos reduz a taxa e o crescimento dos corais e pode reduzir sua habilidade de manter a estrutura física".
A perda dos recifes de coral privaria milhões de habitantes costeiros de uma importante fonte de alimentos e rendas e, além disso, ficariam sem sua barreira natural de proteção das tempestades.
O desaparecimento dos corais também acarretaria a existência de menos criadouros para a pesca comercial e menos areia nas praias turísticas.
Fonte: Folha de São Paulo, 27/02/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário