Por Anna Andrade

Mapeamento das cavernas
Segundo Sólon Almeida, fundador da Sociedade Espeleológica Potiguar – SEP, existem 219 cavernas catalogadas no Rio Grande do Norte. Só na área de Felipe Guerra são 129. Estas cavernas ainda estão passando pelo processo de mapeamento feito por ele e outros membros da SEP. O registro destas áreas é essencial, pois somente depois desse processo a caverna passa a “existir” e a ter a sua preservação auxiliada pelas leis nacionais de proteção ambiental.
Lajedo do Rosário

Dentro das cavernas, o percurso é cheio de caminhos sinuosos, túneis estreitos, locais onde o solo é irregular e pontiagudo, onde só é possível atravessar rastejando. Em algumas cavernas esse caminho se alarga e leva a salões, que variam de tamanho. Alguns são iluminados pelas fendas que permitem a passagem de luz solar, as chamadas clarabóias. Olhando para cima, pode-se observar árvores com longas raízes, descendo metros para se fincarem ao solo. Um visual inesquecível.
Formação das Cavernas
A história das cavernas de Felipe Guerra, remonta a época na qual a costa leste do continente sul-americano era presa à costa oeste do continente africano, há cerca de 90 milhões de anos, no período Cretáceo. Quando os dois continentes começaram a se separar, formou-se um mar no espaço criado. Seres vivos que habitavam tal mar, quando morriam, deixavam acumuladas no leito desse oceano as partes rígidas de seus corpos, como as carapaças e os pedaços de corais. Essa matéria orgânica é constituída por carbonato de cálcio, semelhante aos ossos humanos.

No caso da rocha encontrada em Felipe Guerra, foi por essas fissuras que a água penetrou, dissolvendo o calcário, e gradativamente alargando as rachaduras. O alargamento das rachaduras das rochas no interior da Terra, seja pela água da chuva, seja pela água dos lençóis freáticos ou rios, criou um ciclo no qual o material é retirado de alguns locais e depositado em outros. Assim surgem as cavernas, criadas nos vazios abaixo da superfície. Porém, em outras épocas, quando a água que dissolve o carbonato de cálcio fica saturada, faz o carbonato precipitar formando os cristais nas paredes da rocha. Essas formas são conhecidas como espeleotemas, dentre os quais, as mais populares são as estalactites.
Preservando o Ecossistema
Nas cavernas, existe um delicado ecossistema adaptado à vida subterrânea. Alguns seres usam esse ambiente como proteção e outros para reprodução. Os que vivem exclusivamente nas cavernas são chamados de Troglóbios. Eles geralmente apresentam adaptações como a despigmentação do corpo e o atrofiamento dos olhos, causados pela falta de iluminação. Peixes, crustáceos e insetos, por exemplo, são comuns entre as espécies já identificadas. A conservação dessas áreas é muito importante para a preservação dos seres e de materiais orgânicos, como ossadas de animais extintos, pólens de antigos vegetais que, quando estudados, revelam importantes informações sobre a história da Terra. As pessoas que retiram o calcário para produzir a cal e a perfuração de poços para a exploração do petróleo na região, são as principais ameaças para o ambiente das cavernas.
O turismo ainda não chegou ao local e talvez isso não aconteça. Ainda não foram feitos estudos que avaliam a capacidade de pessoas que as cavernas sustentam ou se é mesmo possível receber visitantes freqüentemente, sem que isso cause impactos. Contudo, é importante ter em mente que para entrar nas cavernas deve-se ir acompanhado por um guia especializado ou um espeleólogo. O acesso é difícil, e por dentro o deslocamento é complicado, pois, como já foi dito, elas são pequenas e apertadas e algumas aranhas que as habitam possuem um veneno necrosante. Por isso, a importância de se usar roupas adequadas. A vestimenta ideal para a exploração das cavernas é um macacão grosso com as extremidades fechadas. Mas é bom deixar claro que os insetos só atacam em defesa, o que é muito raro acontecer porque geralmente eles fogem ao sentir a presença de pessoas.
Para a população da cidade, as cavernas ainda são um mistério. A maioria nunca desceu pra ver o que há dentro. É comum as pessoas comentarem sobre as rochas que estão na superfície, como a Abaeté, que segundo a lenda esconde um bezerro de ouro, e a famosa Pedra da Abelha que deu o primeiro nome a cidade. Além das cavernas, quem for à Felipe Guerra irá encontrar um povo muito simpático e hospitaleiro, que logo reconhece um forasteiro, além de locais maravilhosos para banho, como o Olho d’Água e o chuveirão do Tamarindo, que se encontram em propriedades particulares. E para encher o “bucho”, uma comida regional deliciosa, como feijoada, galinha caipira e pirão de banana tradição na cidade , além das carnes de boi, porco e bode. Em Felipe Guerra há muita fartura e tranqüilidade. Certamente é um local onde a natureza se preparou para encantar os visitantes.
O turismo ainda não chegou ao local e talvez isso não aconteça. Ainda não foram feitos estudos que avaliam a capacidade de pessoas que as cavernas sustentam ou se é mesmo possível receber visitantes freqüentemente, sem que isso cause impactos. Contudo, é importante ter em mente que para entrar nas cavernas deve-se ir acompanhado por um guia especializado ou um espeleólogo. O acesso é difícil, e por dentro o deslocamento é complicado, pois, como já foi dito, elas são pequenas e apertadas e algumas aranhas que as habitam possuem um veneno necrosante. Por isso, a importância de se usar roupas adequadas. A vestimenta ideal para a exploração das cavernas é um macacão grosso com as extremidades fechadas. Mas é bom deixar claro que os insetos só atacam em defesa, o que é muito raro acontecer porque geralmente eles fogem ao sentir a presença de pessoas.
Para a população da cidade, as cavernas ainda são um mistério. A maioria nunca desceu pra ver o que há dentro. É comum as pessoas comentarem sobre as rochas que estão na superfície, como a Abaeté, que segundo a lenda esconde um bezerro de ouro, e a famosa Pedra da Abelha que deu o primeiro nome a cidade. Além das cavernas, quem for à Felipe Guerra irá encontrar um povo muito simpático e hospitaleiro, que logo reconhece um forasteiro, além de locais maravilhosos para banho, como o Olho d’Água e o chuveirão do Tamarindo, que se encontram em propriedades particulares. E para encher o “bucho”, uma comida regional deliciosa, como feijoada, galinha caipira e pirão de banana tradição na cidade , além das carnes de boi, porco e bode. Em Felipe Guerra há muita fartura e tranqüilidade. Certamente é um local onde a natureza se preparou para encantar os visitantes.
Um comentário:
as cavernas de felipe guerra realmente são muito bonitas.
no momento eu estou fazendo um documentario sobre as cavernas de felipe guerra e passei pra visitar i site achei muito legal
parabens !!!
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